QUILO DO PÃO FRANCÊS PODE CHEGAR A R$ 12 REAIS NAS PADARIAS DE SANTARÉM. REAJUSTE É JUSTIFICADO PELO AUMENTO DA FARINHA DE TRIGO E A ALTA DO DÓLAR
Reajuste é justificado pelo aumento da farinha de trigo e alta do
dólar. Dieese-PA divulgou pesquisa que apontou reajuste de 13% em todo o
PA
O
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese-PA) divulgou o resultado de uma pesquisa realizada na qual o
famoso pão francês também conhecido como pão carequinha teve um reajuste
de 13% nos seis primeiros meses do ano, em todo o Pará. Em Santarém,
o quilo do pão que custava em média de R$ 9 atualmente está alcançando
até R$ 12. O consumidor está pagando em média R$ 0,80 pela unidade do
pão em Santarém.
Os consumidores santarenos não estão muito contentes com o valor do
produto e já traçam alternativas para substituir o item do cardápio. O
estudante Thiago João, de 19 anos, diz que é amante do pão e chega a
comer quatro a cinco por dia. "O jeito agora é ter que fazer aquele meio
a meio, se eu comprava cinco pães carecas, eu faço assim, compro três
carecas e dois massa fina que é pra garantir e eu não passar fome",
comenta.
O aumento no valor pode ser explicado pelo aumento no preço da farinha
de trigo. A estimativa é de que a farinha já esteja 120% mais cara do
que no início do ano. A diminuição da área plantada e fatores climáticos
influenciaram na qualidade e quantidade do trigo colhido, o que fez com
que a oferta diminuísse. A economista Nicia Coutinho ressalta ainda que
o controle do preço é coordenado pelo mercado que muda de acordo com as
cotações da moeda americana: "o reajuste é justificado pelo aumento da
farinha devido à alta do dólar e a elevação no custo da energia
elétrica" disse.
A funcionária de uma padaria no bairro Santa Clara comenta que a procura
pelo pão francês é grande, porém em quantidades menores: "ele é o que
mais sai, é o preferido, mas os clientes estão levando pouco, ás vezes
escolhem levar por unidade e não no quilo".
O presidente do Sindicato dos Panificadores de Santarém, Gilmar Pastana
alerta que os preços podem variar de estabelecimento: "é possivel também
ter a variação de um preço maior ou menor, dependendo da empresa que
fabrica o produto." finalizou.
JK com informações do G1
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