A
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgou o 15º Informe
Epidemiológico de 2016 sobre os casos registrados no Pará de dengue,
zika e febre chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Em 2016, até o último dia 14 de novembro, foram contabilizados 6.079
casos de dengue, 2.336 de zika e 615 de febre chikungunya.
As maiores
ocorrências de dengue aparecem nos municípios de Belém (554 casos), Dom
Eliseu (482), Alenquer (440), Marabá (435), Itaituba (338), Oriximiná
(302), Parauapebas (283), Tucuruí (271), Pacajá (221) e Novo Progresso
(200). Os municípios com maior número de casos de zika são Belém,
Marituba e Ananindeua, e de chikungunya são Capanema, Belém e Dom
Eliseu.
No período
de abrangência do Informe Epidemiológico não houve registro de mortes no
Estado em função dessas doenças. A Sespa continua orientando que as
secretarias municipais de Saúde informem, no período de 24 horas, a
ocorrência de casos graves e mortes que podem ter sido causadas pelas
doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Para a
confirmação da causa da morte é necessária a
investigação epidemiológica, com aplicação do Protocolo de Investigação
de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em
laboratórios credenciados, como o Laboratório Central (Lacen) e o
Instituto Evandro Chagas (IEC), preconizados pelo Programa Nacional de
Controle da Dengue. O procedimento garante o correto encerramento de
casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(Sinan).
Monitoramento – As
ações de combate à dengue competem aos municípios, que devem cumprir
metas. Entre os procedimentos essenciais estão vistorias domiciliares
por agentes de controle de endemias. Paralelamente, a Sespa faz o
monitoramento dos 144 municípios, que receberam o incentivo do
Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e
orienta as prefeituras sobre o uso correto de inseticidas (larvicidas e
adulticidas).
A
secretaria estadual de Saúde também promove visitas técnicas aos
municípios para assessoramento das ações do programa de combate à
dengue, além de apoiar a capacitação para o atendimento de casos de
febre chikungunya e zika.
Quando há
necessidade, a Sespa faz o controle vetorial, como bloqueio de
transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos
municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da
coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também são realizadas
ações educativas e de mobilização, para incentivar a participação da
população no controle da dengue.
Sintomas - Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti,
e provocam sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Mas as
doenças têm gravidades diferentes. A dengue é a mais perigosa, devido
aos quatro sorotipos diferentes do vírus, causando febre repentina,
dores musculares, falta de ar e indisposição. A forma mais grave da
doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.
A
chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas
articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores podem
permanecer por meses, e até anos. Complicações sérias e morte são muito
raras. Já a zika apresenta sintomas que se limitam a, no máximo, sete
dias.
Mesmo com o
período de estiagem na região, quando há menor volume de chuvas, a
população deve continuar combatendo possíveis criadouros do mosquito. Se
houver dificuldade, as pessoas devem acionar os programas municipais de
controle da dengue mantidos pelas prefeituras. As equipes de
profissionais capacitados visitam as casas para inspecionar possíveis
locais que sirvam de criadouro para o mosquito, com o objetivo de
eliminar os focos e orientar os moradores quanto à prevenção e controle
do Aedes aegypti.
Por Carla Fischer/Agência Pará
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