quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Santarém /pa Tubarão cabeça-chata é pescado nas águas do rio Tapajós, em Santarém


Espécie habita geralmente águas salgadas, mas pode viver em água doce. Pescador disse que saiu para pescar dourada e voltou pra casa com tubarão.

Pescador Glicério Viana, de 56 anos disse que se assustou quando puxou a rede e viu o tubarão (Foto: Maurício Rebouças/TV Tapajós)

Um tubarão da espécie cabeça-chata (Carcharhinus leucas) foi capturado na manhã desta terça-feira (29) nas águas do rio Tapajós, na Enseada Grande, região perto da comunidade Pinduri, no município de Santarém, no oeste do Pará. A espécie habita geralmente águas salgadas, mas tem capacidade de se adaptar e viver em água doce.

Eu saí para pescar uma dourada e acabei pescando um tubarão"

pescador Glicério Viana

O animal que mede 1,55 metros de comprimento e 65 centímetros de diâmetro foi capturado pelo pescador Glicério Viana, de 56 anos. Segundo ele, o tubarão apareceu morto na rede de pesca junto com outros peixes. "Eu saí de casa para pescar uma dourada e acabei pescando um tubarão. Nesses 40 anos de vida trabalhando como pescador eu nunca tinha visto um. Até tirei foto para comprovar e não dizerem que era história de pescador", contou impressionado com o ocorrido.

Após a pesca, ele levou o peixe para casa. A história chamou atenção e atraiu vizinhos e curiosos.

Tubarõ mede 1,55 metros de comprimento e 65 centímetros de diâmetro (Foto: Maurício Rebouças/TV Tapajós)

O biólogo da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), André Canto destacou qual a hipótese mais provável para o aparecimento do tubarão no rio Tapajós. “É bastante provável que o animal tenha vindo acompanhando navios, pois eles despejam na água matérias orgânicas e dejetos e o tubarão se alimenta desse material. Eles se adaptam bem em águas mais doces”, ressaltou.

O animal será encaminhado para a coleção de peixes da Universidade e ficará disponível para pesquisas científicas, aulas práticas e feiras de ciências.

Espécie habita geralmente águas salgadas, mas pode viver em água doce (Foto: Maurício Rebouças/TV Tapajós)

Fonte G1


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