terça-feira, 24 de janeiro de 2017

No presídio, ex-goleiro Bruno carrega as chaves da própria cela

A chave para salvar o país da crise do sistema prisional que vem assolando o território nacional no último mês, parece estar uma penitenciária modelo que se localiza no município de Santo Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. É lá que se encontra o ex-jogador Bruno Fernandes, que era goleiro do Flamengo até ser acusado pelo assassinato da ex-companheira Elisa Samudio. O caso teve uma repercussão na mídia nacional que acompanhou cada detalhe das investigações, e a acusação do juizado. Bruno foi acusado a vinte e dois anos e três meses de prisão em regime fechado e passou por várias penitenciárias até chegar à casa de detenção em que se encontra hoje.
Ele chegou a ir para o presídio Nelson Hungria, o maior do estado mineiro, e para o presídio de Bangu no Rio de Janeiro, e disse que os dois lugares são uma máquina de produzir criminosos e que da forma como são organizados é impossível que um detento se recupere. Somente após ir para o município mineiro é que conseguiu ver uma possibilidade de ter uma rotina recheada de atividades, e responsabilidades. O local abriga cerca de duzentos detentos, todos eles em regime fechado e em sua maioria são assassinos, estupradores, assaltantes, traficantes que deverão ficar presos mais de vinte anos de suas vidas.
Lá são os próprios detentos os responsáveis pelo espaço em que vivem, tanto das celas individuais quanto do pátio onde fazem atividades em conjunto. Não há policiais armados, seguranças, ou agentes penitenciários para controlá-los e todos eles têm uma função a cumprir.

O jogador passa o dia exercendo os serviços delegados a ele, além disso, cuida de sua cela e de outras colegas.

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