O
Ministério Público Federal (MPF) denunciou os policiais rodoviários
federais Francisco Adailson Souza da Silva e Amadeu Teixeira de Sousa
por tentativa de homicídio por atirarem contra uma família que teve o veículo confundido com o de assaltantes, na BR-316, em Marituba. O caso ocorreu em 25 de novembro de 2016.
De acordo com o MPF, consta no inquérito,
conduzido pela Polícia Federal, que oito disparos partiram das armas
portadas pelos policiais denunciados (espingarda calibre 12 e pistola
".40").
Laudos do Instituto Nacional de
Criminalística confirmaram que pelo menos quatro desses disparos foram
direcionados para o interior do veículo, ferindo duas mulheres – uma
delas grávida e a outra idosa – e um homem.
Seis policiais (quatro PRFs e dois policiais
militares) participaram da abordagem. No entanto, de acordo com a
perícia, somente foi possível comprovar que dois deles alvejaram
diretamente o veículo, evidenciando o dolo.
A denúncia foi encaminhada à Justiça Federal
em Belém nesta terça-feira (6). Caso condenados, os policiais podem ser
punidos com até 13 anos e quatro meses de detenção pela tentativa de
homicídio doloso.
Abordagem
Francisco da Silva e Amadeu de Sousa estavam
na barreira da PRF, em Ananindeua, quando receberam informações sobre o
veículo de um grupo que teria acabado de cometer um assalto.
No momento em que os policiais receberam
essa comunicação, passou pela barreira da PRF um veículo da mesma marca,
modelo e cor, e com as mesmas três letras iniciais da placa do veículo
dos assaltantes.
Os policiais rodoviários federais entraram
em uma viatura e passaram a perseguir o veículo. Em seguida, uma viatura
da Polícia Militar do Pará também entrou na perseguição.
Entre os quilômetros 14 e 16 da rodovia
BR-316, logo após o acesso ao município de Marituba, as viaturas se
emparelharam com o veículo e os policiais rodoviários federais
denunciados passaram a disparar.
As vítimas sofreram lesões em várias áreas
do corpo provocadas por estilhaços dos vidros fragmentados e impelidos
pelos impactos das balas, registraram laudos do Instituto Médico Legal
do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
(Com informações do MPF)
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