sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Existe a possibilidade de acontecer uma rebelião ou fuga no presídio de Itaituba?

Questionamento é feito pelo Giro dias após motim que resultou em mortes e destruição no presídio de Altamira PA.

Presídio de Itaituba

O portal Giro acompanhou, há cerca de dez dias, o desfecho de um motim que aconteceu no presídio da cidade de Altamira, no Pará, onde cerca de 7 detentos foram mortos. Os presos ainda atearam fogo em várias celas.

Por se tratar de uma cidade relativamente próxima à Itaituba, o Giro decidiu buscar informações e tentar responder uma pergunta que certamente muitos itaitubenses se fazem “qual será a probabilidade de acontecer o mesmo por aqui?”, o cenário é ainda mais assustador pelo fato da unidade ficar dentro da sede da cidade.

Para responder a esta pergunta entrevistamos a diretora interina do presídio de Itaituba, Alnecí Melo Lopes. Ela começou dizendo que atualmente todas as unidades do estado estão em alerta. Há cerca de duas semanas os detentos, de uma das facções, decidiram paralisar parcialmente as saídas para audiência, em forma de protesto. Todos os outros procedimentos acontecem normalmente.

Alnecí falou que existe uma interação muito boa com o sistema de segurança, onde sempre que solicitam recebem reforço imediato. São feitas dois tipos de revistas no presídio, a estrutural e a geral.

Revista estrutural

Essa revista é feita diariamente, serve para evitar fuga e identificar possíveis danos feitos a estrutura da unidade, principalmente nas paredes e no chão, onde existem possibilidades de escavação.

Revista Geral

A geral acontece em média três vezes ao mês, ela serve para descobrir a utilização de objetos ilícitos dentro da unidade, como drogas, celulares e outros que possam servir como armas. Nesta modalidade de revista sempre é  encontrado algum tipo de irregularidade, segundo a diretora.

Apesar da garantia de segurança no presídio, não pode-se deixar de lembrar que já houve fuga de presos após rebelião, em 2013. Cerca de 7 detentos conseguiram fugir, porém, todos foram recapturados em menos de 72 horas.

“Nós trabalhamos todos os dias para evitar este tipo de situação. A casa penal de Itaituba tem sido exemplar à nível de estado. A possibilidade de rebelião aqui, hoje, eu diria que é remota, a não ser que haja quebra de protocolo.” Argumentou Alnecí

O Giro recebeu a informação de que no dia que aconteceu a rebelião em Altamira, a casa penal de Itaituba estava bem calma, o que gerou certo receio por parte de agentes prisionais, pois normalmente ela é bastante agitada. Apesar disso, a diretora explicou que nem sempre a calmaria é sinal de alerta, mas admite que o normal é que ela seja agitada mesmo.

Fonte: Portal Giro

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