A Operação Partialis é um desdobramento da Operação Asfixia, de junho de 2016, para apurar fraudes em licitações promovidas pela Prefeitura de Marabá.
A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou operação que apura desvio de mais de R$ 2 milhões em recursos públicos federais destinados a aquisição de gases medicinais no Pará. São cumpridos 17 mandados Marabá, Altamira e Brasília (DF), na manhã desta quinta-feira (18). A Operação Partialis é um desdobramento da Operação Asfixia, de junho de 2016, para apurar fraudes em licitações promovidas pela Prefeitura de Marabá.
Ao todo estão sendo cumpridos, nas residências dos investigados e na sede de uma empresa, 17 mandados judiciais, sendo quatro mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e nove de busca e apreensão. De acordo com levantamentos preliminares da Receita Federal os valores desviados dos cofres públicos podem chegar a mais de R$ 2 milhões.
Durante as investigações, descobriu-se um esquema de ilícitos dentro da prefeitura, que consistia na cobrança de valores por parte de servidores municipais em troca da facilidade no recebimento de valores atrasados.
A PF identificou um depósito de R$ 100 mil para uma “parceria”, como era especificado. Mas ao todo, os assessores diretos do ex-prefeito municipal sacaram em espécie, na boca do caixa das empresas que tinham contratos com a Prefeitura de Marabá, mais de R$1,5 milhão, segundo as investigações.
Outra quantia de R$1 milhão foi depositado na conta da esposa de um assessor do ex-gestor municipal, sendo que parte desses valores foram transferidos para as contas do próprio ex-prefeito. Também foi adquirido por um dos empresários investigados e presos durante a Operação Asfixia, uma aeronave que era de uma empresa com sede em Altamira.
As análises da Receita Federal identificaram uma série de irregularidades como movimentações bancárias em valores superiores aos declarados. De acordo com levantamentos preliminares os valores desviados podem chegar seguramente a mais de R$ 2 milhões.
Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, uso de documento falso e apropriação e/ou desvio de recursos públicos. Ao todo as penas pelos crimes investigados podem alcançar mais de 30 anos de reclusão. Os presos, serão encaminhados para presídios das cidades de Marabá, Altamira e Brasília, onde ficarão à disposição da Justiça Federal.
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