Fabrício Araújo fez parte do quadro de assessores do vereador Rogélio Cebulisk até março de 2017 — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Segundo a polícia, Fabrício Vieira usava o negócio para lavagem de dinheiro da droga. Operação investiga casos de movimentação financeira envolvendo mais de R$ 25 milhões.
A operação “Washed Bread” (Pão lavado), deflagrada na manhã desta segunda-feira (12), em Santarém, no oeste do Pará, pela Polícia Civil, prendeu um empresário do ramo da panificação que segundo a polícia, trabalhava com preços aquém dos praticados no mercado. Segundo a polícia, o empresário Fabrício Vieira usava o negócio para lavagem de dinheiro da droga.
“Uma empresa não conseguiria sobreviver e nem crescer com os preços praticados pela empresa de panificação investigada. As informações levantadas pela investigação indicam que a empresa era utilizada para dar aparente legalidade ao dinheiro obtido com o tráfico de drogas”, explicou o delegado Rafael Augusto de Andrade, do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) do Baixo Amazonas.
Segundo a polícia, Fabrício Vieira usava o negócio para lavagem de dinheiro da droga. Operação investiga casos de movimentação financeira envolvendo mais de R$ 25 milhões.
A operação “Washed Bread” (Pão lavado), deflagrada na manhã desta segunda-feira (12), em Santarém, no oeste do Pará, pela Polícia Civil, prendeu um empresário do ramo da panificação que segundo a polícia, trabalhava com preços aquém dos praticados no mercado. Segundo a polícia, o empresário Fabrício Vieira usava o negócio para lavagem de dinheiro da droga.
“Uma empresa não conseguiria sobreviver e nem crescer com os preços praticados pela empresa de panificação investigada. As informações levantadas pela investigação indicam que a empresa era utilizada para dar aparente legalidade ao dinheiro obtido com o tráfico de drogas”, explicou o delegado Rafael Augusto de Andrade, do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) do Baixo Amazonas.
No período da investigação, Fabrício tinha vínculo com a Câmara, trabalhava no gabinete do vereador Rogélio Cebulisk, o “Gaúcho”. O ex-servidor atuou como assessor do vereador até março de 2017. Buscas foram realizadas na manhã desta segunda na Câmara Municipal de Santarém para coletar documentos que comprovassem se Fabrício tinha frequência assídua ou se apenas recebia o salário.
De acordo com o vereador “Gaúcho”, Fabrício era assíduo e eficiente em seu trabalho como assessor parlamentar. E deixou a função para se dedicar à sua empresa de panificação.
Em coletiva, o delegado Fernando Costa, do NPI, de Belém, contou que o dinheiro obtido com a venda de drogas e também usado para compra de mais entorpecente, passava pelas contas de terceiros em regiões de fronteira. Todas as contas correntes foram bloqueadas, mas o montante de recursos bloqueados ainda não foi informado pelo Banco Central. Segundo o delegado, as contas movimentaram cerca de R$ 25 milhões no período de dois anos.
Quatro empresas são alvos das investigações em Santarém. Uma no nome do empresário investigado e outras em nome de familiares. São empresas de panificação, motocicletas e refrigeração, segundo o delegado Rafael Augusto de Andrade, do NAI.
O G1 tenta contato com a defesa de Fabrício Vieira.
A operação tem investigações em Manaus e Tabatinga, no Amazonas. 31 mandados de busca e apreensão e prisão preventiva foram expedidos pelo juiz da 2ª vara criminal de Santarém, Rômulo Nogueira de Brito.
Após investigações, a polícia notou a existência de contas bancárias no município amazonense de Tabatinga, que movimentaram mais de R$ 25 milhões em curto espaço de tempo. Essas contas teriam recebido remessas de dinheiro enviadas por traficantes condenados no estado do Pará, suspeitos de tráfico, associação para o tráfico e lavagem, bem como de residentes em Santarém, incluindo infração de peculato.
Até o momento foram cumpridos seis mandados no Amazonas e 25 no Pará. Sequestro de bens, bloqueios financeiros, gerando quatro flagrantes em andamento, apreensão de cocaína, munição, bens móveis e oito presos no total, sendo dois deles com novos flagrantes em andamento.
A operação é coordenada pela Inteligência da Polícia Civil (NIP), através da unidade do Baixo Amazonas (NAI-BMA), com a investigação presidida pelo Delegado Rafael Augusto de Andrade. Conta com a atuação de 55 policiais civis no cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão, da região e deslocados da capital, apoio de agentes do Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (SEAI) do Amazonas.
Por:G1 Santarém
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