Na manhã desta sexta-feira (22) um homem, identificado como Mario Santos, foi conduzido à 19ª Seccional de Policia Civil de Itaituba para prestar esclarecimentos quanto às suas declarações proferidas em áudios compartilhados em grupos de WhatsApp, direcionadas a classe da PM de Itaituba.
Os áudios fazem referência, inicialmente, ao caso onde o Ten. Cel. Pedro declarou, em vídeo, que todos que forem pegos nas ruas de Itaituba deverão ser detidos por descumprirem os decretos estadual e municipal. Em um dos áudios, Márcio faz uma analogia entre o serviço da PM em Itaituba e a PM do Rio de Janeiro, no qual diz que na cidade carioca, onde tem favelas e traficantes, o Tenente Coronel Pedro não faria tal abordagem.“Fazer isso onde tem pessoa de bem, pessoas honestas, pessoas que trabalham, é fácil. Agora vá fazer isso na favela de traficantes, duvido”, afirma Márcio.
As declarações chegaram rapidamente ao comando da PM de Itaituba. A polícia foi até a casa do homem e conduziu o mesmo para a delegacia, onde ele precisou prestar esclarecimentos.
Contraponto
O Capitão Eder Santos, sub comandante do 15º BPM. Ele disse que os policiais estiveram na residência do cidadão e educadamente convidaram o mesmo à se dirigir até a delegacia em seu próprio veículo, para prestar esclarecimentos. Ele afirma que o fato ocorrido “causa um constrangimento geral aos policiais, devido a acusação leviana, caluniosa.”
Eder afirma, ainda, que os policias militares de Itaituba procuram realizar um trabalho correto, principalmente nesse período de pandemia, onde estão na linha de frente, e que esse tipo de manifestação desmoralizar a classe.
“Nunca fui alvo de nenhum processo que me atribua um crime, seja qual for, tenho um nome a zelar (…) sempre somos alvos de críticas e acusações da sociedade, principalmente quando há desvio de conduta, mas constuam generalizar.” finalizou o capitão.O advogado de Mário, vereador David Salomão, relatou que não existe prisão para crime de calunia e que a PM errou ao buscar seu cliente em casa, abusando da autoridade. “Deveriam [Os polícias] entrar com uma representação da instituição deles (…) para abrir um inquérito policial e só assim o Mário ser intimado e comparecer na delegacia para prestar os esclarecimentos”, afirma David Salomão
Após o episódio, Mário também criticou a ação dos policiais, afirmando que foi abordado em sua residência por mais de 30 policiais armados e que teria sido tratado como bandido, além disso, também disse ter ficado preso dentro de uma sala na delegacia. Por outro lado, ele também afirma estar arrependido de ter generalizado suas declarações a toda classe da PM, pois, segundo o mesmo, há pessoas boas dentro da cooperação.
Mário irá responder por calúnia, que pode resultar em pagamento de indenização e prestação de serviços à comunidade.
Fonte: Portal Giro
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