PROJETO DE LEI OBRIGA IGREJAS A REGISTRAREM OPERAÇÃO FINANCEIRA
Deputado quer combater lavagem
de dinheiro por religiosos
Se
for aprovado, o projeto de lei 725/15 obrigará as igrejas a terem o
registro de suas operações financeiras, de modo que possam ser
analisadas pelas autoridades tributárias e policiais, em casos
suspeitos. A medida vale para todas as pessoas jurídicas privadas, o que
inclui clubes de futebol.
Na justificativa de seu projeto, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ)
argumentou que igrejas, por desfrutarem de imunidade tributária e por
isso não são fiscalizadas, têm sido usadas para lavagem de dinheiro do
tráfico de drogas e comercio ilegal de armas.
Ele citou um trecho de uma entrevista que o desembargador federal Fausto
Martin de Sanctis, especializado em crimes financeiros, concedeu ao
Valor em março de 2015.
Disse o desembargador: "É impossível auditar as doações dos fiéis. E
isso é ideal para quem precisa camuflar o aumento de sua renda, escapar
da tributação e lavar dinheiro do crime organizado”.
Alencar afirmou que seu projeto decorre da falta de interesse do governo
em fiscalizar entidades religiosas, diferentemente do que ocorre com as
demais pessoas jurídicas de direito privado.
Apresentado em 2015, o projeto está à espera da apreciação de comissões da Câmara. A tramitação pode ser acompanhada no site deste link.
Os deputados da bancada religiosa são contra o projeto, salvo alguma exceção que ainda não se manifestou.
Eles estão preocupados com a vida privada de homossexuais, mas não com a transparência dos parrudos cofres de seus igrejas.
Fonte: Paulopes
Nenhum comentário:
Postar um comentário