Cerca de 2 milhões de paraenses estão desempregados
O Pará tem, atualmente, 2,378
milhões de pessoas desocupadas. É o que apontam os dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo
com a pesquisa, 8,7% da população está desocupada no Estado - dados
colhidos durante o último trimestre de 2015. A taxa é 0,4 ponto
percentual (p.p.) acima do resultado do 3º trimestre de 2015 (8,4%) e
1,7 p.p. do mesmo período do ano de 2014 (7,0%).
O IBGE define como “população
desocupada” pessoas que não tinham trabalho - durante o período avaliado
-, mas que estavam dispostas a trabalhar e fizeram algo para tentar
conseguir uma vaga de trabalho. Segundo os dados do IBGE, a situação é
ainda mais crítica na Região Metropolitana de Belém (RMB), onde o
percentual de desocupação já alcança 12,0% da população - era 11,9% no
trimestre anterior e 11,5% no mesmo período de 2014.
O índice paraense de desocupados
ainda se mostra inferior a média nacional, que variou de 8,9% para 9,0%
nos dois últimos trimestres - 9,1 milhões de pessoas. Na comparação com o
mesmo período do ano anterior, a taxa cresceu 2,5 p.p., quando fechou
2014 em 6,5%. Ambas as taxas, tanto do Pará (8,7%) quanto do Brasil
(9,0%), foram as maiores da série avaliada pelo IBGE, iniciada em 2012.
Em relação ao mesmo trimestre de
2014, a taxa subiu em todas as regiões: Norte (de 6,8% para 8,7%),
Nordeste (de 8,3% para 10,5%), Sudeste (de 6,6% para 9,6%), Sul (de 3,8%
para 5,7%) e Centro-Oeste (de 5,3% para 7,4%). O Amapá mostrou a maior
taxa de desocupação (12,5%) e Santa Catarina (4,2%), a menor. Entre as
21 regiões metropolitanas investigadas, Macapá (13,7%) tinha a maior
taxa e Curitiba (5,2%) a menor. Já no grupo dos 27 municípios das
capitais, Macapá tinha a maior taxa (14,6%) e, empatados, Rio de Janeiro
e Campo Grande, a menor (5,2%).
Ao contrário da maioria das
capitais, que dispararam as taxas de desocupação nos períodos
analisados, Belém reduziu de 12,6% para 11,8% a parcela de pessoas
desocupadas nos dois últimos trimestres de 2015. Na comparação com o
último trimestre de 2014 (11,6%), a taxa se mostrou praticamente
estável.
Apesar do crescimento na taxa de
desocupação, o estudo também aponta que o número de empregados no setor
privado não sofreu grandes variações. De forma geral, o PNAD aponta que,
tanto nas vagas de emprego formal, quanto nas informais, o número de
empregos oscilou pouco entre os últimos trimestres de 2014 e 2015. No
Pará, a pesquisa indica o acréscimo de 6 mil empregados com carteira no
setor privado (exclusivo trabalhadores domésticos) entre os dois últimos
trimestres do ano passado, oscilando de 712 mil pessoas para 718 mil -
alta de 0,9%. Em relação ao quarto trimestre de 2014, o estudo aponta
uma redução de 32 mil empregados (-4,3%) - eram 751 mil pessoas.
Considerando os empregados no setor
privado sem carteira, o número total de empregados se manteve igual nos
últimos dois trimestres de 2015 (533 mil pessoas). Na análise com o
total do último trimestre de 2014 (498 mil pessoas), a pesquisa aponta
um aumento de 6,9% (34 mil empregados) com resultado atual. Já em
relação ao total de empregados no setor público, o número não oscilou
entre os últimos três meses de 2014 e o mesmo período de 2015: 455 mil
pessoas ocupadas.
Os dados também registram uma
considerável queda no Rendimento Médio Habitual de Todos os
Trabalhadores do Pará - que contabiliza o produzido por empregados nos
setores público e privado. O valor médio do rendimento passou de R$
1.365 em 2014 para R$ 1.266 em 2015 - redução de 7,3% ou R$ 99. O valor
no Pará é bem inferior à média registrada no Norte, que é de R$ 1.456 e
ainda mais abaixo da média nacional, de R$ 1.913, que caiu em razão da
crise econômica.
Na RMB, o rendimento médio caiu de
R$ 1.575 para R$ 1.481 em um ano (-6,0% ou R$ 94), enquanto em Belém
essa oscilação negativa foi de 5,9% (R$ 99), caindo de R$ 1.680 para R$
1.581
QUEDA
O Pará perdeu 1.500 postos de
trabalho no setor de comércio no mês de janeiro, a grande maioria na
área do verejo. Isto significa um recuo da ordem de 1,00%. As
informações são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socieconômicos no Estado do Pará (Dieese-PA). A pesquisa se baseou em
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Mostra o estudo do Dieese-PA que, no
comparativo entre contratados e demitidos, ocorreu um decréscimo de
0,71%, haja vista que, em janeiro, foram feitas, no setor de comércio no
Pará, 5.863 admissões contra 7.365 demissões, o que gerou saldo
negativo de 1.502 postos de trabalho.
No mesmo período de 2015, o comércio
paraense também apresentou queda na geração de empregos formais, com
carteira assinada, porém, maior que o verificado em janeiro deste ano.
Foram feitas, em dezembro de 2015, 7.064 admissões contra 8.968
demissões, gerando um saldo negativo de 1.904 postos de trabalho.
Na análise setorizada do emprego
formal no comércio do Pará feita pelo Dieese-PA para janeiro deste ano, a
situação está bastante complicada, posto que, no segmento varejista,
foram admitidas 4.807 pessoas, contra 6.375 desligamentos, gerando um
saldo negativo de 1.568 postos de trabalho, com decréscimo de 0,88%. Já
no segmento atacadista, a situação é inversa. Foram feitas 1.056
admissões contra 990 desligamentos, gerando um saldo positivo de 66
postos de trabalho, crescimento de 0,19% no emprego formal.
Fonte: ORMNEWS
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