quarta-feira, 9 de março de 2016

Mais de 500 militares procuram os mineiros, por terra e por ar
Por Folha Web
A situação tem originado protestos que mantêm bloqueada a estrada principal que liga a Venezuela ao Brasil
As autoridades venezuelanas confirmaram hoje que estão investigando o massacre de pelo menos 28 mineiros ocorrido no último sábado na localidade venezuelana de Tumeremo, Estado de Bolívar, a 880 quilômetros a sudoeste de Caracas.
O anúncio foi feito pelo Defensor do Povo, Tarek William Saab, que explicou aos jornalistas que nas investigações participam integrantes da Defensoria do Povo, das forças de segurança e das Forças Armadas Venezuelanas.
"Unimo-nos à solicitação de uma investigação objetiva, independente, imparcial, que determine finalmente a verdade dos factos, que aclare a situação", disse.

 A investigação surgiu com base numa denúncia, feita por familiares, sobre o desaparecimento de 28 mineiros, situação que tem originado protestos que mantêm bloqueada a estrada principal que liga a Venezuela ao Brasil.
A imprensa venezuelana dá conta que os 28 mineiros teriam sido assassinados por um grupo de criminosos que tentou controlar uma das minas de ouro da localidade, no entanto, as autoridades alegam que não têm dados precisos sobre o massacre.
Segundo o Governador do Estado venezuelano de Bolívar, Francisco Rangel Gomez, mais de 500 funcionários das Forças Armadas Venezuelanas procuram os mineiros, por terra e por ar.

Segundo o diário El Nacional, um dos sobreviventes explicou que além dos criminosos, alegados polícias entraram na mina e dispararam contra os mineiros.
O Governo venezuelano anunciou, recentemente, um novo plano mineiro para a zona sul do país, para impulsionar a exploração de ouro, diamantes, cobre, ferro e outros minerais.

Nas minas onde teria ocorrido o ataque podem ter brasileiros. Os moradores de Tumeremo bloquearam a cidade Troncal 10 exigindo os corpos dos trabalhadores da mina de Atenas no estado de Bolívar. Eles dizem que, nas primeiras horas da manhã de sábado uma bulla, teria provocado varias mortes no local. A bulla é o nome popular dado a disputas entre grupos por ouro ou território.

A mina está localizada na estrada entre Tumeremo e El Callao. Os famíliares que protestavam em Tumeremo garantiram que em El Topo corpos foram jogados em um caminhão de lixo para o Novo Callao, a área sob seu controle e estão desaparecidos desde então. 

O Governador Francisco Rangel Gómez afirma que nada aconteceu, enquanto os deputados Andrés Velásquez e Américo de Grazia contam que, embora haja muitos mortos, há uma situação de falta total de informação oficial. Rangel disse que a informação é totalmente falsa. "Fizemos uma excursão na área, com a força da FANB e nada foi encontrado", disse ele. 


A Assembleia Nacional Venezuelana abriu investigação sobre a suposta matança de Tumeremo. Segundo o deputado Guerra Jospe "É provável que uma comissão vá investigar e inquirir sobre este acontecimento, porque não há nenhuma informação oficial e isso é muito ruim, porque deixa o país sem documentar o que aconteceu no estado de Bolivar ", disse.
Relação dos brasileiros assassinados:
Maria do Rosário Neves
Carlos Miguel Ferreira
Antônio Martins Figueiredo
Antônio Pereira de Vasconcelos
José ribamar frota
Nelson da Silva souza
Marcos Antônio do socorro
Edgar feitosa da Silva
Marcos ribamar da Silva
Nonato da Costa Mendes
Maria de Fátima Nogueira
Barbosa lira Mota
Dercio marques Pereira
Samuel pinheiro da Silva
José Freitas da Costa
Antônio Lopes Lopes
Rosa Maria da Silva
Paulo de Lucena armades
Merivaldo Barbosa de Sousa
Elrio de Jesus Costa
Natálino lira de ribamar
Márcio Néris do Rosário

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