Microsoft compra a rede social LinkedIn por US$ 26,2 bilhões
Jeff Weinder, CEO do LinkedIn, Satya Nadella, CEO da Microsoft, e Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn. (Foto: Divulgação/Microsoft) |
A Microsoft anunciou nesta segunda-feira (13) a compra do LinkedIn, rede social para contatos profissionais, por US$ 26,2 bilhões.
A dona do Windows concordou em pagar US$ 196 por ação do site de relacionamento corporativo.
O atual presidente-executivo do LinkedIn, Jeff Weiner, continuará à frente da empresa e se reportará a Satya Nadella,
presidente-executivo da Microsoft. Ele e Reid Hoffman, presidente do
conselho, cofundador e sócio controlador, ajudarão na transição. A
expectativa é que o processo seja encerrado ainda este ano.
O LinkedIn será incorporado ao segmento de Produtividade e Processos de Negócios da Microsoft.
A
aquisição é uma das mais caras da história da Microsoft, considerando os
valores nominais dos negócios cujos termos foram anunciados. A maior
transação até agora havia sido a compra do Skype, em 2011, por US$ 8,5 bilhões. Em seguida, surgem as compras da Nokia, por US$ 7,18 bilhões, em 2013; da aQuantive, por US$ 6,4 bilhões, em 2007; e da Mojang, criadora do game “Minecraft”, por US$ 2,5 bilhões, em 2014.
O histórico da Microsoft com
aquisições tem gerado dor de cabeça financeira. A transação da
aQuantive, empresa de publicidade de internet feita para competir com
o Google, rendeu à empresa o primeiro prejuízo de sua história em 2012 –
para equilibrar as perdas, a companhia teve de registrar uma baixa
contábil de US$ 6,3 bilhões.
O segundo prejuízo da história veio em 2015 com outra baixa contábil, dessa vez de US$ 7,5 bilhões, por conta da Nokia.
LinkedIn
A
rede social possui 433 milhões de usuários em todo o mundo e recebe 105
milhões de visitas por mês. O uso se concentra em aparelhos móveis –
60% do fluxo vêm de smartphones e tablets. Segundo as duas empresas, há 7
milhões de listas de empregos ativas no LinkedIn.
“O time do LinkedIn criou um negócio
fantástico focado em conectar os profissionais do mundo”, afirmou
Nadella. “Juntos, nós podemos acelerar o crescimento do LinkedIn, assim
como o do Microsoft Office 365 e Dynamics, à medida que procuramos
empoderar cada pessoa e organização do planeta.”
“Nos últimos 13 anos, nós nos
posicionamos unicamente para conectar profissionais e fazê-los mais
produtivos e bem-sucedidos”, afirma Weinder. “Assim como nós mudamos o
jeito como o mundo se conecta a uma oportunidade, esse relacionamento
como a Microsoft e a combinação da nuvem dela e da rede do LinkedIn nos
dá uma chance de também mudar o jeito como o mundo funciona.”
Vazamento de dados e 'Era pós-PC'
Se
por um lado o LinkedIn tenta consolidar sua relevância, por outro, tem
que lidar com o fantasma do vazamento de dados pessoais de seus
usuários, que voltou a assombrar.
Uma falha de 2012 permitiu que
invasores conseguissem um pacote de 6,5 milhões de credenciais de
acesso. Em maio deste ano, no entanto, esse conjunto de informações
ressurgiu novamente na internet, mas, dessa vez, muito maior.
Continha 167 milhões de combinações entre login de acesso e senha.
O volume de credenciais era vendido na internet por preços que variavam conforme a demanda. O valor inicial era de US$ 2,2 mil.
A suspeita é que a exposição dessas
senhas seja o motivo principal para uma onda de invasão de perfis em
redes sociais de personalidades, como Mark Zuckerberg,
presidente-executivo do Facebook, e Keith Richards, guitarrista dos
Rolling Stones.
Já a Microsoft tenta emplacar o
Windows 10 como um sistema operacional capaz de executar tarefas comuns a
computadores quanto a dispositivos móveis. Líder em softwares para
computadores, essa é a iniciativa da empresa para entrar de vez na “Era
Pós-PC”, inaugurada com a popularização do smartphone e o crescimento de
empresas como o Google.
Fonte: G1
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