'Não sabia que daria rolo', diz mãe que dopou filha para sexo com namorado.
Estupros ocorreram em Manaus; vítima tem 14 anos e deficiência, diz
polícia. Suspeito nega crime e diz que 'falava besteiras, mas nunca teve
sexo'.
Um homem e uma mulher de 32 e 35 anos, respectivamente, foram presos na
manhã desta terça-feira (12) suspeitos de abusar sexualmente de uma
adolescente de 14 anos, em Manaus. Segundo a polícia, a vítima é filha
da suspeita e possui deficiência visual e mental. De acordo com a
Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca), a
mãe dopava a vítima para que o namorado cometesse o abuso. Rogério
Correa de Lima nega o crime. De acordo com a delegada Juliana Tuma, as
prisões dos infratores ocorreram na manhã desta terça-feira (12). A
mulher foi localizada na casa onde morava com um irmão no bairro Cidade
Nova, Zona Norte. O autônomo foi localizado em uma via no bairro
Alvorada, Zona Centro-Oeste.
Segundo Juliana Tuma, as investigações em torno do caso tiveram duração
de um mês e confirmaram que a mãe dopava a filha para que o namorado
pudesse estuprar a adolescente. O caso foi denunciado por uma professora
da vítima, que notou mudanças no comportamento da adolescente. Assim
que a investigação teve início, a menina foi retirada da mãe e
encaminhada para um serviço de acolhimento na capital. Os estupros
ocorreram entre o começo de abril e fim do mês de maio deste ano.
Segundo as investigações, a adolescente foi abusada, ao menos, três
vezes.
A delegada Juliana disse ao G1 que teve acesso a conversas de whatsapp
onde a mãe oferecia a virgindade da filha para o próprio namorado. Eles,
inclusive, combinaram de dopar a jovem. Exames feitos no Instituto
Médico Legal (IML) de Manaus confirmaram a violência sexual, conforme a
delegada. Na delegacia, a mãe da adolescente, segundo a polícia,
confessou o crime e afirmou que a ideia de oferecer a filha dela era com
a intenção de satisfazer o companheiro. No entanto, ela alegou ter sido
influenciada pelo namorado. "Primeiro tivemos acesso às conversas,
depois a gente apreendeu o telefone, submeteu à polícia e teve acesso à
integralidade das conversas, inclusive esse autor e essa mãe trocavam
fotos íntimas dessa adolescente", afirmou Juliana.
Ainda em depoimento, ela afirma que chegou a presenciar os abusos em uma
das vezes. "Eu não sabia que ia dar todo esse rolo. Ele me incentivou",
disse a suspeita ao G1. O namorado negou o crime. "Estou com a
consciência limpa porque esses atos não aconteceram. Eu não sabia que
ela era deficiente. A criança nunca foi tocada. Se houve estupro, foi
muito antes de mim. A gente falava muita besteira, mas nunca teve ato
sexual", disse Lima. A delegada da Depca disse que, diante das provas,
foi pedida a prisão preventiva dos dois. O mandato de prisão foi
expedido pelo juiz Genesino Braga Neto da Especializada em crimes contra
a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Os dois serão conduzidos
à cadeia em Manaus.
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