Ibama queima barcos contra pescaria ilegal em terra indígena em MT
Fiscais apreenderam 170 kg de pescado irregular e recolheram materiais.
Operação ocorreu nas T.I Pequizal do Naruvôto e Parque Nacional do Xingu.
Ibama queima barcos contra pescaria ilegal em terra indígena em MT (Foto: Ibama de Barra do Garças)
Um carregamento de 170 kg de pescado irregular foi apreendido durante
uma operação do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Polícia
Federal entre as cidades de Canarana e Gaúcha do Norte, a 836 e 595 km
de Cuiabá. Segundo o Ibama, a operação ocorreu na região do Rio Xingu
entre os dias 3 e 5 de agosto e foi divulgada nesta sexta-feira (12).
Foram apreendidos materiais, barcos e objetos ilegais para a prática da
pesca. A área abrange as terras indígenas Pequizal do Naruvôto e Parque
Nacional do Xingu, e há registros de caça, pesca predatória e o turismo
ilegal.
Fiscais apreenderam 170 kg de pescado irregular e recolheram materiais (Foto: Ibama de Barra do Garças)
De acordo com o Ibama, a região é conhecida pela riqueza de peixes e
atrai grupos de pescadores provenientes de todo o país, muitos dos quais
se rendem a oferta ilegal de empresários locais, por momentos de pesca
no interior de áreas proibidas.
Os agentes do Ibama e da Polícia Federal percorreram de barco os rios
07 de Setembro, Culuene e Xingu para apurar denúncias de crimes
ambientais em áreas de especial proteção da etnia indígena Calapalo.
Foram apreendidos sete barcos e equipamentos de pesca, e realizada a
destruição imediata de alguns destes materiais.
Também foram apreendidos duas armas, 10 kg de carne de caça, cinco
motores de popa, um gerador de energia e 170 kg de pescado. O
responsável de uma das pousadas investigadas alegou que aguarda
pagamento de indenização pela criação da Terra Indígena Pequizal do
Naruvôto e, por isso, ainda não poderia ser retirado do local.
Foram apreendidos sete barcos e equipamentos de pesca; alguns tiveram a destruição imediata (Foto: Ibama de Barra do Garças)
Conforme o Ibama, independente de ser ou não área indígena, o
empreendimento já tinha sido embargado em ações anteriores por falta de
licença ambiental. Foi constatado o seu funcionamento, a venda de
bebidas e alimentos, e peixes capturados com rede. O responsável negou a
autoria dos crimes, inclusive o de caça, indicado pelos agentes, mesmo
com a equipe localizando a espera de caça em uso, uma paca com marca de
tiros e uma espingarda. Desta forma, o mesmo foi autuado por três
infrações ambientais e responderá criminalmente.
Fonte G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário