Covardia: Estudante morre após ser espancado dentro de escola; pode ter sofrido Bullying
O estudante Eduardo de Souza Cordeiro, de 12 anos, morreu na madrugada
desta quarta-feira (31) no Pronto Socorro Municipal da 14 de Março, em
Belém, após dar entrada no local com vários sinais de espancamento pelo
corpo.
Eduardo era estudante do 6º ano da Escola Estadual
Santo Afonso, na rodovia Arthur Bernardes, no bairro do Telégrafo.
Segundo uma prima da vítima, ele teria sido espancado dentro da escola
na tarde de ontem. O Corpo do estudante foi encaminhado para o Centro de
Perícias Renato Chaves para exames. De acordo com informações de
Natália Leal, prima da vítima, a avó do estudante foi avisada por um
vizinho de que ele estava ferido na direção da escola. Por volta das 17h
de ontem, os tios do estudante e a avó receberam uma ligação da direção
do estabelecimento informando sobre o ocorrido e foram até o local.
"Quando minha avó e meus tios chegaram lá, o Eduardo estava todo ferido ,
todo machucado, sujo de areia, e não fala nada. Estava muito
assustado', explicou. Ainda de acordo com Natália, a família não
recebeu nenhuma explicação da direção da escola sobre as agressões. Já
em casa, Eduardo começou a passar mal e sentir fortes dores no corpo,
foi quando os tios o levaram para o Pronto Socorro da 14 de Março no
início da noite. Por lá ele passou por exames e teve que ser operado com
urgência, pois estava com hemorragia interna e um coágulo na cabeça.
Após a operação, o estudante não resistiu e faleceu por volta das 4h30
da madrugada de hoje. 'Os médicos explicaram que ele tinha muitos
ferimentos na cabeça e que o baço foi rompido, então podemos concluir
que batem muito nele. Estamos revoltados, é muita crueldade com uma
pessoa', desafa Natália.
Bullying: Natália contou a reportagem do Portal ORM que Eduardo era uma
criança reservada, quieta e que tinha poucos amigos. Ele já havia
relatado aos familiares sobre problemas na escola com outros, e que não
pretendia retornar mais as aulas. Há um mês ele tinha contado para avó
que sofreu agressões dentro da escola. A direção do estabelecimento,
segundo Natália, não havia feito nada sobre a situação. 'Nós acreditamos
que ele sofria bullying e estava tão ameaçado com a história que não
falava nada para ninguém. Era um menino magro, frazino, estudioso e que
não oferecia resistência a ninguém. Queremos justiça', finaliza a
auxiliar de enfermagem. O Portal ORM aguarda um posicionamento da Seduc
(Secretaria de Estado de Educação) sobre o caso.
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