O pré-candidato a presidente da República Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira a saída do Brasil de tratados internacionais de direitos humanos, a redução da maioridade penal para 14 anos e que policiais tenham autorização para matar em confronto com criminosos sem que venham a ser punidos.Bolsonaro palestrou no auditório da Universidade Fumec, instituição privada de Belo Horizonte e arrancou aplausos e gritos de apoio da maior parte da plateia formada por estudantes.
Na entrada e na saída, no entanto, houve
confusão entre prós e contras sua candidatura. Deputado federal pelo
PSC do Rio de Janeiro, Bolsonaro disse ser contrário à reforma da
Previdência defendida pelo governo Michel Temer.
"Da forma como está nessa proposta, não sou favorável [à reforma]", disse.
O deputado citou que em algumas regiões
mais pobres do Brasil, o Piauí por exemplo, a expectativa de vida é de
69 anos e que pela fórmula do governo a idade para aposentadoria subiria
para 65 anos. Para ele, seria preferível outras medidas, como cortes em
alguns benefícios. O deputado afirmou também ser contrário a propostas
de reforma das regras do sistema eleitoral que passariam a valer a
partir de 2018.
Bolsonaro também afirmou que se eleito,
reveria a adesão do Brasil a tratados e pactos internacionais sobre
direitos humanos. E ressalvou que isso não significa que ele seja a
favor de "tortura e morte". Bolsonaro também recebeu acolhida dos
estudantes no auditório ao comentar as discussões no Congresso sobre
redução da maioriadade de 18 para 16 anos.
"Um moleque de 16, 17 anos não sabe que
estuprar é um crime?", questionou, afirmando que a mudança da legislação
fará com que os jovens nessa faixa pensem duas vezes antes de cometer
crimes. "Se depender de mim, eu passo para 14 anos a maioridade penal."
Tal declaração foi muito mal recebida pela Frente de Direitos humanos,
que alegaram que adolescentes nesta idade não possuem discernimento
intelectual e moral para saber o que é certo e o que é errado, "é um
erro prender esses jovens" afirma coordenador nacional da comissão de
direitos humanos.
Com informações do Hoje Notícias
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