Audiência ocorre nesta segunda-feira (26) na Comarca de Santarém. Sebastião Neto foi preso em Várzea Grande em março de 2017 durante abordagem policial.
O assassino confesso da subtenente da Polícia Militar, Sílvia Margarida
Souza, que está preso em Belém desde 14 de junho, foi encaminhado a
Santarém onde participa de uma audiência de qualificação e
interrogatório nesta segunda-feira (26) no Fórum, sobre o crime de falsa
identidade.
Sebastião de Souza Barbosa Neto foi preso em março de 2017 em Várzea
Grande (MT) após apresentar documentos falsos em uma abordagem policial.
Ele havia fugido de um presídio da capital paraense em outubro de 2016.
A apresentação do acusado é na 1ª vara criminal de Santarém, mas o
processo é oriundo da Comarca de Várzea Grande. Ele está provisoriamente
na penitenciária do município. O detento deve retornar ao final do
procedimento ao Centro de Recuperação Penitenciário Pará III, em Belém,
onde permanecerá à disposição da Justiça.
Documentos falsos
Sebastião Neto foi preso no dia 2 de março em uma abordagem policial no
bairro São Simão, enquanto conduzia uma motocicleta sem habilitação.
Ele apresentou um documento de identificação falso, com o nome de Luiz
Gonzaga Coutinho de Oliveira, cujos dados não foram encontrados nos
meios de checagem. O acusado também usava o nome de Railson Bentes de
Lira, segundo a polícia mato-grossense.
O mandado de recaptura, expedido pela Vara de Execuções Penais do
Tribunal de Justiça do Pará, foi cumprido no dia 7 de março. Antes de
chegar a Santarém no dia 29 de abril, ele ficou preso na Cadeia do Capão
Grande.
Transferências
Por questão de segurança, uma operação sigilosa foi montada para que o
acusado fosse levado ao presídio de Santarém. Sebastião Neto participou
de uma de instrução da morte da subtenente no Fórum do município no dia 2
de junho, na qual manteve a versão de quando prestou depoimento na
delegacia dias após o crime, confessando o crime e alegando que queria
apenas roubar a arma.
Mesmo alegando que apanhava no presídio mas queria ficar em Santarém
por motivos familiares, no dia 14 do mesmo mês, o assassino confesso foi
novamente transferido para o Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I),
localizado no Complexo de Marituba, em Belém. A transferência foi uma
decisão judicial, segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do
Estado (Susipe). O acusado já teria fugido deste presídio em outubro de
outubro de 2016.JulgamentoApesar do processo correr na 2ª Vara Criminal, Neto foi interrogado
pelo juiz Gabriel Veloso, da 3ª Vara, especializada em crimes contra a
vida. Isso porque o juiz titular da 2ª Vara, Rômulo Brito, se julgou
impedido de atuar no caso pelo fato de um dos advogados do réu ser
parente do magistrado. Está previsto que até o fim deste mês o caso seja
julgado.Segundo o juiz que interrogou o acusado, foi dado cinco dias para o
promotor de justiça apresentar suas alegações finais e em seguida cinco
dias para os advogados de devesa apresentarem suas alegações dos
acusados e em seguida, a sentença.
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Morte da subtenente
A subtenente da Polícia Militar de Santarém Silvia Margarida Campos de
Sousa, 44 anos, foi morta com um tiro na cabeça na manhã do dia 14 de
dezembro de 2015, na Avenida Plácido de Castro, esquina com a Agripina
de Matos, no bairro Caranazal, em Santarém.
Silvia Margarida Campos de Sousa (Foto: Reprodução/TV Tapajós)De acordo com a PM, Silvia havia encerrado o expediente, ainda estava
fardada, e caminhava na calçada em frente à Associação de Moradores do
bairro Caranazal, em direção a casa da mãe, que mora nas proximidades,
quando foi abordada por um homem que chegou em uma motocicleta.Durante a ação, Sebastião atirou e fugiu levando a pistola .40, da
policial. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos
ferimentos e morreu. Neto foi preso no município de Rurópolis, onde
alegou que o tiro foi acidental e que sua intenção era apenas roubar a
arma da subtenente. Ele foi enquadrado pelo crime de latrocínio
FONTE: G1 SANTARÉM.
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