segunda-feira, 26 de junho de 2017

Acusado de matar subtenente da PM é ouvido por uso de documento falso em MT

Audiência ocorre nesta segunda-feira (26) na Comarca de Santarém. Sebastião Neto foi preso em Várzea Grande em março de 2017 durante abordagem policial.

  Sebastião Neto foi preso durante abordagem policial em Mato Grosso, na qual apresentou documentos falsos (Foto: Assessoria/ Polícia Civil-MT)Sebastião Neto foi preso durante abordagem policial em Mato Grosso, na qual apresentou documentos falsos (Foto: Assessoria/ Polícia Civil-MT)
O assassino confesso da subtenente da Polícia Militar, Sílvia Margarida Souza, que está preso em Belém desde 14 de junho, foi encaminhado a Santarém onde participa de uma audiência de qualificação e interrogatório nesta segunda-feira (26) no Fórum, sobre o crime de falsa identidade.
Sebastião de Souza Barbosa Neto foi preso em março de 2017 em Várzea Grande (MT) após apresentar documentos falsos em uma abordagem policial. Ele havia fugido de um presídio da capital paraense em outubro de 2016.
A apresentação do acusado é na 1ª vara criminal de Santarém, mas o processo é oriundo da Comarca de Várzea Grande. Ele está provisoriamente na penitenciária do município. O detento deve retornar ao final do procedimento ao Centro de Recuperação Penitenciário Pará III, em Belém, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Documentos falsos

Sebastião Neto foi preso no dia 2 de março em uma abordagem policial no bairro São Simão, enquanto conduzia uma motocicleta sem habilitação. Ele apresentou um documento de identificação falso, com o nome de Luiz Gonzaga Coutinho de Oliveira, cujos dados não foram encontrados nos meios de checagem. O acusado também usava o nome de Railson Bentes de Lira, segundo a polícia mato-grossense.
O mandado de recaptura, expedido pela Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Pará, foi cumprido no dia 7 de março. Antes de chegar a Santarém no dia 29 de abril, ele ficou preso na Cadeia do Capão Grande.

Transferências

Por questão de segurança, uma operação sigilosa foi montada para que o acusado fosse levado ao presídio de Santarém. Sebastião Neto participou de uma de instrução da morte da subtenente no Fórum do município no dia 2 de junho, na qual manteve a versão de quando prestou depoimento na delegacia dias após o crime, confessando o crime e alegando que queria apenas roubar a arma.
Mesmo alegando que apanhava no presídio mas queria ficar em Santarém por motivos familiares, no dia 14 do mesmo mês, o assassino confesso foi novamente transferido para o Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I), localizado no Complexo de Marituba, em Belém. A transferência foi uma decisão judicial, segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe). O acusado já teria fugido deste presídio em outubro de outubro de 2016.JulgamentoApesar do processo correr na 2ª Vara Criminal, Neto foi interrogado pelo juiz Gabriel Veloso, da 3ª Vara, especializada em crimes contra a vida. Isso porque o juiz titular da 2ª Vara, Rômulo Brito, se julgou impedido de atuar no caso pelo fato de um dos advogados do réu ser parente do magistrado. Está previsto que até o fim deste mês o caso seja julgado.Segundo o juiz que interrogou o acusado, foi dado cinco dias para o promotor de justiça apresentar suas alegações finais e em seguida cinco dias para os advogados de devesa apresentarem suas alegações dos acusados e em seguida, a sentença.
Audiência ocorre no Fórum da Comarca de Santarém (Foto: Luana Leão/G1 Arquivo)q Audiência ocorre no Fórum da Comarca de Santarém (Foto: Luana Leão/G1 Arquivo)

Morte da subtenente

A subtenente da Polícia Militar de Santarém Silvia Margarida Campos de Sousa, 44 anos, foi morta com um tiro na cabeça na manhã do dia 14 de dezembro de 2015, na Avenida Plácido de Castro, esquina com a Agripina de Matos, no bairro Caranazal, em Santarém.
Silvia Margarida Campos de Sousa (Foto: Reprodução/TV Tapajós)Silvia Margarida Campos de Sousa (Foto: Reprodução/TV Tapajós)De acordo com a PM, Silvia havia encerrado o expediente, ainda estava fardada, e caminhava na calçada em frente à Associação de Moradores do bairro Caranazal, em direção a casa da mãe, que mora nas proximidades, quando foi abordada por um homem que chegou em uma motocicleta.Durante a ação, Sebastião atirou e fugiu levando a pistola .40, da policial. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Neto foi preso no município de Rurópolis, onde alegou que o tiro foi acidental e que sua intenção era apenas roubar a arma da subtenente. Ele foi enquadrado pelo crime de latrocínio
FONTE: G1 SANTARÉM.

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