A Associação de Esposas e Familiares de Praças do Pará (AEFPPA) está
reunida na noite de hoje (29) em frente ao 6º Batalhão de Polícia
Militar localizado em Ananindeua, exigindo o aquartelamento dos
militares da referida unidade. Pneus das viaturas do Batalhão foram
esvaziados.
Integrantes da associação espalharam cartazes na unidade policial como parte do manifesto (Foto: Diário do Pará)
Segundo informações de uma das diretoras da associação, Mari Feitosa, a medida extrema partiu após a
execução da cabo Maria Fátima Cardoso dos Santos, de 49 anos, que teve a
casa invadida na tarde deste domingo no bairro do Curuçambá, em Ananindeua.
"A morte da cabo foi o nosso estopim e todos os militares do batalhão
estão apoiando a nossa causa. Primeiro chegamos apenas com os
integrantes da nossa associação, mas horas depois outros moradores da
área apareceram para dar voz às nossas exigências", diz Mari em
entrevista ao DOL.
(Foto: Reprodução/Whatsapp)
Nas redes sociais, foram compartilhadas mensagens afirmando que o 6º BPM
teria parado e que estariam pedindo que apoiassem a causa das esposas
que lá estavam reunidas. Desde o aviso do pedido de aquartelamento, Mari
disse que militares superiores pediram que elas não dessem
prosseguimento ao manifesto porque poderia prejudicar a corporação.
"Os superiores chegaram com a gente [associação] e pediram que nós não
fizéssemos o manifesto aqui em frente e nem fechasse as saídas para as
viaturas porque poderíamos prejudicá-los. Mas não estamos prejudicando
ninguém aqui, ao contrário, estamos aqui para apoiá-los; defender todo o
6º BPM, já que eles não podem grevar, pelo menos podemos dar o pontapé
inicial para aquartelarem".
(Foto: Reprodução/Whatsapp)
As integrantes da AEFPPA, bem como moradores que compartilham da mesma
causa que lá estão reunidos, pretendem permanecer no local firmes e
fortes até a manhã desta segunda-feira (30), quando será considerada a possibilidade de todo o 6º batalhão aquartelar após a troca de turnos.
É válido lembrar também que, desde o início do mês de abril, divulgamos duas vezes a chance de um aquartelamento da categoria: a primeira no dia 11, após mensagens compartilhadas, supostamente, por entidades ligadas à policiais militares; e a segunda no dia 23 - após o atentado aos policiais militares no bairro do Sideral - anunciado pela Associação em Defesa dos Militares do Pará (Admipa), que pedia um protesto em forma de aquartelamento(quando todos os militares ficam no quartel, sem sair às ruas).
(DOL)
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