sexta-feira, 9 de julho de 2021

Vice-prefeito de Jacareacanga se entrega à Polícia Federal de Itaituba

 

O vice-prefeito é um dos alvos da Operação Mundurukânia 2 que ainda não tinha sido capturado. Ele se entregou espontaneamente

Na tarde desta quinta-feira (08), o vice-prefeito de Jacareacanga Walmar Kaba Munduruku foi preso pela Polícia Federal. Kaba é de um dos alvos da Operação Mundurukânia 2 que ainda não tinha sido capturado. O nome do preso foi apurado pela reportagem do Portal OESTADONET.

O vice-prefeito esteve envolvido em ataques a base operacional durante a citada Operação e se entregou, espontaneamente, à Polícia Federal de Itaituba. 

O investigado foi alvo de investigações na Operação Mundurukânia 1 e sujeito de um mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça Federal de Itaituba - Tribunal Regional Federal da 1° Região, na Operação Mundurukânia 2 que encontrava-se em aberto.

Kaba foi levado ao presídio de Itaituba e se encontra à disposição da justiça. 

Operações Mundurukânia 1 e 2

A Polícia Federal deflagrou no dia 16 de junho em ação conjunta com a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) e a Força Aérea Brasileira (FBA), a Operação Mundurukânia 2, que teve como objetivo instruir os inquéritos policiais instaurados para apurar as manifestações violentas e ataques contra os agentes de segurança pública que participaram da Operação Mundurukânia 1, bem como dos incêndios provocados nas residências das lideranças indígenas Munduruku.

Os atos hostis ocorreram entre 25 a 27 de maio, logo após a deflagração da fase anterior da Operação.

A Operação Mundurukânia 1 teve como escopo combater a prática clandestina de garimpos nas terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, no município de Jacareacanga/PA. Essa prática, além de provocar graves danos ao meio ambiente, devido ao uso de produtos químicos altamente nocivos, causando a poluição de rios e lençóis freáticos, também gera uma série de outros problemas sociais na região, como conflitos entre garimpeiros e indígenas.

Os crimes que foram investigados são de associação criminosa (art. 288 do CP), incêndio (art. 250 do CP), atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo (art. 261 do CP) e coação no curso do processo (art. 344 do CP), além outros crimes que venham a ser descobertos ao longo da investigação.


Fonte: On News, com informações OESTADONET


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